sexta-feira, 26 de maio de 2017

Os bem-de-vida


Hoje acordei pensando em como a noção de "vida bem-sucedida" pode ser diferente para cada pessoa. Eu costumava julgar quem tinha filhos muito cedo, quem se casava muito cedo, antes de terminar os estudos, inclusive. Mas daí também acabava julgando quem tinha filhos muito tarde, quem vivia solteiro, quem deixava pra se casar ou se unir a outra pessoa quando já tinha adquirido tudo o que imaginava ser suficiente para se satisfazer sozinho.
Imagino que, assim como qualquer outra pessoa, quando vemos uma situação como essa, nos pegamos pensando se é o correto a se fazer. Mas qual é o correto a se fazer? Quem vai nos dizer? Onde está o contrato que assinamos que diz que as coisas precisam acontecer todas na mesma época para todas as pessoas? Nada disso parecia fazer sentido pra mim, então comecei a me questionar se eu mesma fazia ou não o certo. Como deve-se imaginar, não cheguei a conclusão nenhuma sobre a minha vida, mas passei a ver as coisas por um ponto de vista mais sensato e compreensivo. Até porque, estar bem-sucedido me parece um conceito bem individual, você não acha?
Imagine apenas que cada pessoa vem de uma cultura diferente, tem uma instrução diferente e vê as coisas de uma maneira peculiar. Se cada ser humano é um universo particular, assim como vejo, então não há um "correto a se fazer", nem uma receita a ser seguida.
Não é errado se casar cedo, ou ter filhos muito cedo, antes de se formar. Não é errado deixar pra ter família, pensar em sair de casa ou até mesmo se casar só depois de ter feito tudo o que queria. Assim como também não é errado deixar pra trabalhar depois de ter se formado, ou largar o emprego quando achar que não produz mais tão bem quanto antes. 
O importante é se sentir feliz e satisfeito com as escolhas que fez e faz todos os dias, porque delas nós somos feitos. E o problema nunca será mudar de opinião, isso é maravilhoso! Triste mesmo é pensar o mesmo durante toda a vida e não se permitir ver as coisas de outro modo.

Aqui vai o meu abraço virtual e o desejo de um excelente dia.
Desculpem o texto sem imagem, sem nada, sem graça hauiahuiahuiahuiahi

Música do dia: Warpaint - New Song.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Eu nunca trabalhei na vida.

Antigamente a minha visão do que seria o "trabalho", tão deturpada pelo que a mídia me apresentava, era a de que trabalhar seria algo extremamente maçante e doloroso. Passei a minha adolescência inteira temendo o dia em que não teria outra escolha senão a de trabalhar em algum lugar.


Minha primeira experiência com o trabalho foi como monitora em um programa do governo que se chamava (ou ainda se chama, se é que existe hauaihauiah) Mais Educação. Eu não sentia que aquilo era um trabalho, porque eu me divertia tanto observando as crianças, lidando com elas, entendendo suas manias e seus gostos. Pra mim, aquele momento onde eu estava na escola, fazendo pelas crianças aquilo que eu acreditava ser o melhor para elas foi um marco na minha vida e me fez mudar de opinião sobre diversas coisas.
Mais tarde, abandonei este primeiro trabalho para ser telefonista em um grande centro universitário da região. Ali recebi uma aula sobre o que significava ter uma profissão e o quanto aquilo era importante não apenas financeiramente, mas pela satisfação pessoal e pela qualidade de vida. Mais uma vez eu não entendia aquilo como um trabalho, porque ficava o tempo todo tentando entender e ajudar as pessoas que eu atendia e tive que lidar com a frustração de que, às vezes, você não é capaz de ajudar alguém, por mais que você queira.


Foi aí que eu percebi que há dificuldades com as quais temos que aprender. Não aprender a lidar com elas como se não existissem, mas aprender a lidar melhor com elas.
Três anos depois, deixei de ser telefonista para me tornar professora. Nesse ponto da vida eu achei que já havia compreendido todas as pessoas. Acreditava na existência de uma fórmula de palavras com as quais era possível domar qualquer fera. Ilusão, na verdade. E nessa profissão eu senti a dor da frustração com mais força que o habitual, a intensidade da alegria que é ver clareando na mente de alguém um conhecimento que sempre esteve lá, mas que antes, esse alguém não via.


Desde quando comecei a atuar na área pedagógica, nunca senti que aquilo fosse um trabalho. Pra mim, é como lidar com a rotina da casa, da família. É parte de mim, é o que eu sempre quis fazer e sempre fiz, só que agora tenho um diploma na mão. Acho engraçado dizer, sinto que já tive muito trabalho, mas nunca trabalhei na vida!

Se você leu esse textão até aqui, meus parabéns! Curta a página de um projeto muito bacana que estou participando lá no facebook, fazendo Versos Marginais com meus amigos.

sábado, 26 de março de 2016

Se eu me arrependo?

Eu costumava pensar que nada nesse mundo era tão pesado que eu não pudesse carregar. 
Pensando assim, acabei acumulando pesos mortos em minha vida e em meu coração. Hoje, reavaliando as situações e raivas que eu passei, vejo que não valeu a pena um milésimo do stress que eu tive. Não quero mais arrastar esse caixão! ahuaihuahiahuiahi


Esses dias fui navegando pelas internets da vida, me deparei com os perfis de algumas pessoas que antes eu considerava o céu na terra e hoje olho assim... Nossa, como a gente muda de opinião com o tempo! E graças a Deus a gente muda, porque se não fosse isso, muita coisa negativa ia permanecer fazendo sombra no nosso coração e a coisa ia ficar cada vez pior.
Não que eu não considere hoje as minhas amizades de antes (principalmente as virtuais), mas não considero hoje como considerava anos atrás. Essas amizades me ensinaram MUITAS COISAS e espero que tenham aprendido comigo pelo menos um décimo do que aprendi com elas. Mas se acho que me importaria tanto com certas coisas... Isso eu já não sei. 
Não me arrependo do tempo em que me importei até a morte com as coisas virtuais, mas hoje o real pra mim tem se tornado cada vez mais real e mais importante. Se eu não tivesse passado por certas coisas aqui na rede, como cyberbullying e afins, hoje continuaria boba como antes. Não que hoje eu não seja boba, mas graças a isso, sou uma boba diferente! ahuaihiauhaihai #positividade


E vamos seguir o bonde que eu tô afim de movimentar esse boteco aqui.


Música do dia: Faaca - Mombojó

domingo, 20 de março de 2016

Lágrimas Nuas


Hoje a saudade bateu em minha porta.
Abri e respirei seu hálito frio
Mas a dor não mais me importa
Cansei de me sentir vazio.

Se um dia pensares em voltar
Se a saudade lhe trouxer até mim
Poderá se assustar com o que vai encontrar
Nem tudo será tão fácil assim

Um conto de fadas para encantar
Uma história para dormir
As mentiras que quiser contar
Não farão mais meu coração se abrir.

Precisei de coragem para um último verso
Com tristeza e dor escrevi
Aqui, minha decepção lhe confesso

Foste meu amor e a maior dor que já vivi.


Música do dia: In Denial - Butcher Babies

domingo, 13 de março de 2016

Todo teu



Leio teus olhares, desvendo os mistérios dos teus lábios com os meus e danço a música da tua voz, dizendo "sou teu".